sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Poderíamos casar, teríamos um apartamento, tomaríamos café as cinco da tarde, discordaríamos quanto a cor das cortinas, não arrumaríamos a cama diariamente, a geladeira seria repleta de congelados e coca-cola, o armário de porcarias, adiaríamos o despertador umas trinta vezes, sentaríamos na sala de pijama e pantufas, sairíamos pra jantar em dia de chuva e chegaríamos encharcados, nos beijaríamos no meio de alguma frase, você pegaria no sono com a mão no meu cabelo e eu, escutando sua respiração. Eu riria sem motivo e você perguntaria porque, eu não responderia. Saberíamos"

segunda-feira, 28 de novembro de 2011




 O que eu preciso não esta em Paris, Nova Iorque ou Londres. Não está nas vitrines das lojas nem no comercial da televisão. Não se compra com papel, não vem embalado, não mata a fome. Não é de vidro, nem de plástico, nem de ouro. O que eu preciso está bem aqui, na minha frente. Tem nome, endereço e telefone e, diga-se de passagem, um sorriso lindo. 




            28.11.11 três meses <3

domingo, 27 de novembro de 2011

''Aquele beijo teu, doce como as lágrimas que escorrem pelo rosto, vê de longe teu riso singelo, cuidadoso, sonhador. Timidamente fico a te observar, teus movimentos calculados tão perfeitamente, que até suspiro de amor. E quando sorri, tão lindamente como se quisesse esconder algo, tão puro, tão inteiro. Porque o amor é assim, inteiro, não deixa segredos guardados, laços sem nó, nós, sós, sozinhos, ninho, calor, amor. Quisera eu cantar versos com voz rouca no teu ouvido, mexer no teu cabelo, olhando você dormir, tão calmamente como anjo, assim fico a suspirar, amor. ''  ( Thainá A. )

domingo, 13 de novembro de 2011

"Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém. E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, e que faço falta quando não estou por perto." 

Mário Quintana

''Sempre fui um pouco áspero, fechado, sempre tive dificuldade de receber amor. (…) Na verdade, eu sempre precisei de afeto, só que antes eu não admitia." 

Caio Fernando Abreu

sábado, 12 de novembro de 2011

"Porque apesar da sua cara de brabo, você é tão fácil, tão leve, tão solto, tão tudo que eu sempre quis quando me agarra pelo braço, me pega pelos quadris, mastiga todo meu corpo e cospe fora somente minhas mentiras, carências e toxinas."

— Gabito Nunes

"Pouquíssima gente me desvenda. Mostro só o que quero. Não por maldade, mas por proteção. A gente tem que aprender a se proteger. Das escolhas dos outros. E até mesmo das nossas próprias escolhas."

— Clarissa Côrrea  

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

E a minha cara assustada perdida na sua ausência. Venha logo, traga de volta a minha certeza, não deixe, por favor, não deixe (...) Não espere o horário do trânsito livre, não espere ouvir o que você não quer, não espere a vida dar merda para colocar a culpa na vida.
Eu ainda estou aqui por você, limpa, ilesa, sua. Mas cada milímetro do meu corpo me implora por vida, por magia, por encantamento. (...)
Eu preciso que você me lembre de que eu não preciso de mais nada, que mais nada é tão perfeito e que podemos ser um casal imbatível.
Caso tudo isso seja um trabalho inconsciente para me perder, parabéns, você está conseguindo. Mas se ainda existir dentro de você alguma esperança, eu preciso demais que você me abrace e me faça sentir aquilo novamente. É fácil, basta você querer, eu ainda quero tanto.
Venha agora, não espere o músculo, a piada, o botão, o calo, a saudade, o arrependimento, o vazio. Eu preciso sentir que você ainda sente, eu preciso que o seu coração dê um choque no meu, 
eu preciso saber que seu peito ainda aperta um pouco quando eu vou embora e se espalha como borboletas nas veias quando eu chego...
Eu ainda preciso que você me ache bonita, se surpreenda, me comemore e esqueça um pouco de todo o resto pra se encantar sem medo do tempo. Não me tire a razão, não me tire a honra, não me faça estragar tudo só para sentir o vento na cara de novo e a música alta. Berre e assopre em mim enquanto é tempo. (...) Venha agora, ganhe a corrida, passe todo o resto pra trás, é você quem eu continuo eternamente esperando na linha final.

(Tati Bernardi)

- Eu acho engraçado quando ele fala “ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade. Ele também ri quando eu digo “ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai mas sempre volta. -
''Eu me descubro ainda mais feliz a cada pedaço seu e de tudo o que é seu...
Às vezes você é tão bobo, e me faz sentir tão boba, que eu tenho pena de como o mundo era bobo antes da gente se conhecer. Eu queria assinar um contrato com Deus: se eu nunca mais olhar para homem nenhum no mundo, será que ele deixa você ficar comigo pra sempre? Eu descobri que tentar não ser ingênua é a nossa maior ingenuidade, eu descobri que ser inteira não me dá medo porque ser inteira já é ser muito corajosa, eu descobri que vale a pena ficar três horas te olhando sentada num sofá mesmo que o dia esteja explodindo lá fora. E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam...

Eu senti um daqueles segundos de eternidade que tanto assustam o nosso coração acostumado com a fugacidade segura dos sentimentos superficiais. Eu olhei para você com aquela sua jaqueta que te deixa com tanta cara de homem e me senti tão ao lado de um homem, que eu tive vontade de ser a melhor mulher do mundo. E eu tive vontade de fazer ginástica, ler, ouvir todas as músicas legais do mundo, aprender a cozinhar, arrumar seu quarto, escrever um livro, ser mãe. E aí eu só olhei pra bem longe, muito além daquele Sol, e todo o meu passado se pôs junto com ele. E eu senti a alma clarear enquanto o dia escurecia. Eu te engoli e você é tão grande pra mim que eu dedico cada segundo do meu dia em te digerir... Eu preciso disfarçar que não paro mais de rir, mas aí olho pra você e você também está sempre rindo. Se isso não for o motivo para a gente nascer, já não entendo mais nada desse mundo. E eu tento, ainda refém de algumas células rodriguianas que vez ou outra me invadem, tentar achar defeito na gente, tentar estragar tudo com alguma sujeira. Mas você me deu preguiça da velha tática de fuga, você me fez dormir um cd inteiro na rede e quando eu acordei o mundo inteiro estava azul. Engraçado como eu não sei dizer o que eu quero fazer porque nada me parece mais divertido do que simplesmente estar fazendo. Ainda que a gente não esteja fazendo nada. Eu, que sempre quis desfilar com a minha alegria para provar ao mundo que eu era feliz, só quero me esconder de tudo ao seu lado. Eu limpei minhas mensagens, eu deletei meus emails, eu matei meus recados, eu estrangulei minhas esperas, eu arregacei as minhas mangas e deixei morrer quem estava embaixo delas. Eu risquei de vez as opções do meu caderninho, eu espremi a água escura do meu coração e ele se inchou de ar limpo, como uma esponja. Uma esponja rosa porque você me transformou numa menina cor-de-rosa. Você me transformou no eufemismo de mim mesma, me fez sentir a menina com uma flor daquele poema, suavizou meu soco, amoleceu minha marcha e transformou minha dureza em dança. Você quebrou minhas pernas, me fez comprar um vestido cheio de rendas e babados, tirou as pedras da minha mão. 
Você diz que me quer com todas as minhas vírgulas, eu te quero como meu ponto final. '' (
Tati Bernardi)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011



O amor é frágil e as vezes a gente se descuida dele. A gente vai levando,


fazendo o que pode e fica torcendo pra que essa coisinha frágil sobreviva

contra todos os infortúnios.

                                    A última música.

sábado, 24 de setembro de 2011

 

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis...E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.
 ''(...) Saudade dói. Dói forte. É como se alguém estivesse apertando o seu coração; estrangulando-o. É uma dor imaterial. Não dá pra fazer curativos. Mas há consistência neste imaterial. Eu sinto saudade dos sonhos. Do cheiro. Do gosto. Das carícias trocadas. De tudo que poderia ter sido. Não foi. Eu sinto saudade das palavras doces. Do olhar carinhoso. Dos planos loucos. Eu sinto saudade também do que não existiu. Queria tanto que tivesse existido. Mas não houve. Eu sinto saudades. Ela mora em mim. Um dia para de doer. Ela está começando a ir embora. E eu já sinto saudades."


Menino, menino tenho uma enorme ternura por você e para mim é muito difícil isolar essa ternura da razão quando te escrevo (...) nós vamos nos ver, nó vamos conversar, sair juntos provavelmente nos tocar e de repente tudo pode realmente ser. Ou não. Mas de jeito nenhum quero, sei lá, ser irresponsável ou não medir as conseqüências dum negócio que pode ser muito sério (...). Quero muito te amar e me encontrar contigo, mas não sei se conseguiremos... tenho medo.

 ''Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um, feria os companheiros mais  
próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornavam a se afastar uns dos outros. Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha... Desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante.  
Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.''

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

De alguma forma eu sabia que seria amor. Eu não sei, mas acho que a gente olha e pensa:“Quero pra mim”. Mas dá um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguém, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que não vale a pena. Porque o coração nem sempre é mocinho, as vezes ele também gosta de pregar peças, sei lá, talvez queira provar que também sabe ser vilão. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, não adianta, será.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

''E quando fui embora pensei em te ligar, dizer pra voltar amanhã, vir me fazer sorrir. Mas não. Hoje eu acordei e pensei que seria melhor não, eu não quero me apegar em ninguém, não quero precisar de ninguém. Quero seguir livre, entende? mesmo que isso me faça falta, alguém pra me prender um pouquinho. Vou me esquivar de todo sentimento bom que eu venha a sentir, não levar nada a sério mesmo. Ficar perto, abraçar de vez enquando, sentir saudade, gostar um pouquinho. Mas amar não, amar nunca, amar não serve pra mim. Prefiro assim!'' Caio Fernando Abreu

sábado, 27 de agosto de 2011

Eu acredito que tudo acontece por um motivo. As pessoas mudam para que você possa aprender a deixá-las, as coisas dão errado para que você possa dar valor a elas quando estiverem certas, você acredita em mentiras e eventualmente aprende a confiar em ninguém exceto você mesmo e as vezes coisas boas dão errado para que coisas melhores possam dar certo” Marilyn Monroe

quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo.Você não vai me ver mentir. Desista. Mentiria sobre a cor do meu cabelo. Sobre minha altura. Até sobre meus planos para o futuro. Mas não vou mentir sobre o que eu sinto. Nem sob tortura. Posso mentir sobre minha noite anterior. Sobre minha viagem inesquecível. Mas não agüentaria mentir sobre você por um segundo. Não na sua cara. Mentiria pras minhas amigas sobre a sua beleza. Diria que tem corpo de atleta e um quê de Don Juan (mesmo sabendo que elas iriam descobrir a farsa depois). Mas não me faça mentir e dizer que não te quero. Que eu não estou na sua. Não me obrigue a jogar. Não me obrigue a dizer “não” quando eu quiser dizer “sim”. Não me faça tirar você da minha vida porque meu coração ainda acelera quando você me liga. Insisto. Não perca seu tempo comigo. Porque eu não quero entrar no seu carro se não puder entrar na sua vida. Não me conte seu passado se eu não puder viver seu presente. Não faça planos comigo se não me incluir no seu futuro. Não me apresente seus amigos se, amanhã, vou virar só mais uma. Poupe-me do  trabalho de adivinhar seus pensamentos. Diga que me quer apenas quando for verdade. Diga que está com saudade apenas se sentir minha falta do seu lado. Peça minha companhia quando não desejar só meu corpo. Ligue-me quando tiver algo pra dizer. Mas, por favor, me desligue quando não estiver mais afim de mim. (Caio Fernando Abreu)
 
Você ri do medo que eu tenho de você me pedir em namoro.Sofre em silêncio quando eu falo que tenho medo de enjoar de você e tenta entender o motivo de eu ter tantos medos escondidos por trás da minha mania de demonstrar segurança...

Vontade de pedir silêncio; porque não seria necessária mais nenhuma palavra um segundo antes ou depois de dizerem ao mesmo tempo:
- Quero ficar com você!



(Caio Fernando Abreu)

domingo, 21 de agosto de 2011

“Pro inferno com os corações. Você também sabe que não servem pra nada. E as coisas só começam pra terminar e as pessoas só não querem sair feridas. Isso não inclui não ferir os outros. Eu prefiro amar alguém que eu nem saiba o nome. Eu prefiro amar a mim mesma. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço. E no fim, seus amores só os chamarão de passado e experiências infrutíferas.” Caio Fernando Abreu

domingo, 14 de agosto de 2011


Suas mãos caminharam devagar pelas minhas costas. Edward me guiava, enquanto eu estava preocupada demais em lembrar como se respirava. Cada sensação que me causava era forte demais para um coração adormecido tanto tempo.
All of the things that I want to say
Just aren't coming out right
I'm tripping in words
You got my head spinning
I don't know where to go from here

O calor que subia pelo meu ventre era inevitável. Me girou de volta para sua frente, pedindo por um beijo, enquanto nos jogava na cama macia. Senti seu corpo pesar sobre o meu e por nenhum instante deixou de me beijar, enquanto o despia. Era bom e ao mesmo tempo estranho a maneira como nossos corpos se conheciam, mas mantinham um "gostinho" de primeira vez. Tudo novo de novo.





O amor é simples,
Amar que é complicado 
Amar é querer bem,
E não estar apaixonado.
Não é porque ele é meu pai que eu escrevi esta canção. Fiz bem mais pela beleza de um senhor com uma grandeza, além da imaginação. Não é porque ele é meu pai que eu o exalto tanto assim. É que pela minha idade, esse anjo de bondade ainda cuida bem de mim. Me aconselha a todo instante, me dá carinho dá amor. Ele é um raro diamante de indiscutível valor. É meu amigo do peito, eu tenho orgulho de falar... Esse homem tão direito, diplomado em respeito, é um exemplo em nosso lar. Não é porque ele é meu pai que eu escrevi esses versos, é que ele se sobressai entre os pais do universo. Queria ser mais que um poeta nessa rima que se encerra e essa canção ser um troféu, pois pra mim é Deus no céu e o meu pai aqui na Terra

sábado, 6 de agosto de 2011


“Eu agora sei bem que os melhores brinquedos são os irmãos. Brinquedos vivos, que dão e recebem, que nos fazem crescer e crescem também pelas nossas mãos. Que se transformam depois em grandes amigos para toda a vida, em companhia sempre presente de uma maneira ou de outra, em refúgio e estímulo. Em algo que fica quando se perde tudo aquilo a que nos conduziu a nossa loucura. Quando se perde o que o tempo nos vai levando.”

domingo, 31 de julho de 2011

Aceite o que a vida te oferecer e procure beber das taças que estão à tua frente. Todos os vinhos devem ser bebidos - alguns, apenas um gole, outros, a garrafa inteira.
- Como distinguir isso?
- Pelo gosto. "Só conhece o vinho bom quem provou o vinho amargo.”
Assim é a vida!

Brida - Paulo Coelho.



Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!"

                                       Fernanda Mello

segunda-feira, 25 de julho de 2011

sábado, 23 de julho de 2011



''Gostoso mesmo é quando tudo acontece por acaso. Sem data, sem horário, apenas coincidências, ou então destino.''


                                                 (Jô Soares)

domingo, 17 de julho de 2011

Ás vezes penso se te conhecesse daqui há alguns anos meu sentimento por você mudaria. Ao te encontrar na porta de um bar qualquer, você me convidaria para tomar aquela minha bebida favorita , meu coração pulsaria mais forte por você e a vontade de te beijar e cair nos teus braços fosse maior que eu. Talvez isso aconteça, nunca se sabe, mas hoje o mínimo que posso te ofereçer é meu carinho sem amor. Seria mas fácil eu curar minha carência com você ou esquecer dele no teu colo. Mas não consigo, e nem quero se o preço de tudo isso é criar em você a ilusão de um sentimento que eu não sinto. E olhe que eu tentei, tentei muito Arthur; mas meu coração é teimoso e construiu um muro entre minha amizade e seu amor. Ele não suporta o teu jeito, não suporta o seu cabelo estilo bagunçado, seus ciúmes, manias, não suporta a maneira irritante que insiste em encostar seus lábios nos meus, enquanto o que eu quero é distância ,e seu olhar profundo que me encara quando eu tento desviar o meu olhar, me fazendo sentir tão frágil diante de você. Prefiro continuar não suportando, do que me ver totalmente dependente de você .
E eu acho que você é como um doce, que me chamou a atenção pela cobertura mais enjoei do recheio. E talvez meu coração seja só puro demais, intocavél e imaturo. Quem sabe um dia ele amadureça e pare de gostar de quem não me quer. Só assim poderei aceitar o que você pode me dar,só assim te encontrarei naquele bar,mesmo que seja tarde,você tenha cansado de esperar e eu já tenha te perdido... (ABC)


" Estou ficando morna de tanto não me permitir ir além, de tanto calcular meus passos, me esconder em falsa timidez, evitar sentimentos, evitar relacionamentos, evitar gente só por ser gente e pela possibilidade de alguma coisa dar errado. Posso correr o risco de dar certo? Estou prestes a mergulhar. Dessa vez, não insistam, vou dispensar o equipamento de segurança. "

Interrogação - Verônica H

''Montanha-Russa é você ter certeza de que a paixão é o único sentimento que justifica a existência do ser humano e, depois na primeira decepção, não ter a menor dúvida de que tudo não passa de baboseira literária para enganar os trouxas. Vou andar de Montanha-Russa e correr o risco de comprimir minha coluna vertebral a troco de quê? Sofro e me divirto aqui no chão mesmo.'' Martha Medeiros

Será mesmo?!
''Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade.''


Lindo, Caio! <3

sábado, 16 de julho de 2011



“Não sinto mais impulsos amorosos. Posso sentir impulsos afetivos, ou eróticos - mas amorosos, sinceramente, há muito tempo.”



                                                                                      Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 15 de julho de 2011


“Eu tenho um anjo. Ela não usa nenhuma asa, ela usa um coração que pode derreter o meu. Ela usa um sorriso que me faz querer cantar. Ela me dá presentes só com a sua presença. Ela me dá tudo que eu poderia desejar. Ela me dá beijos antes de voltar pra casa. Nós dividimos a mesma alma.”

Angel, Jack Johnson
"Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim de sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável. Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo."

quinta-feira, 14 de julho de 2011


 "Devia ser sábado, passava da meia-noite... Ele sorriu para mim e perguntou:
- Você vai para a Liberdade?
- Não, eu vou para o Paraíso.
Ele sentou-se ao meu lado e disse:
- Então eu vou com você."

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 4 de julho de 2011


"É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada.
Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.
Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite?
O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade!"

domingo, 3 de julho de 2011

''Desculpa não ser tão doce. Desculpa se às vezes falo sem pensar, se vomito alguma coisas de forma grosseira, se ajo feito criança, mimada e estúpida, se sou cabeça dura a ponto de inventar o-meu-mundo com as-minhas-leis. Desculpa se às vezes sou neurótica, se o meu lado crítico é bem forte e se tenho ciúmes das coisas que fazem parte do meu mundo."

sábado, 2 de julho de 2011

"Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria."
            ''E numa batida mais forte da percussão, num rodopio, girando juntos, ele pediu: deixa eu cuidar de você.''

Madrugada - Caio Fernando Abreu

Desconhecidos - mas somente antes do encontro. Que acontecera no bar. Então, unidos pela mesma cerveja, pelo mesmo desalento, deixaram que o desconhecimento se transmutasse naquela amizade um pouco febril dos que nunca se viram antes. Entre protestos de estima e goles de cerveja depositavam lentos na mesa os problemas íntimos. Enquanto um ouvia, os olhos molhados não se sabia se de álcool ou pranto contido, o outro pensava que nunca tinha encontrado alguém que o compreendesse tão completamente. Era talvez porque não trocavam estímulos, apenas ouviam com ar penalizado, na sabedoria extrema dos que têm consciência de não poder dar nada. Uma mão estendida áspera por entre os copos era o consolo único que se poderiam oferecer.

Com a lucidez dos embriagados, haviam-se reconhecido desde o primeiro momento. Ou talvez estivessem realmente destinados um ao outro, e mesmo Sem o álcool, numa rua repleta saberiam encontrar-se. O fulgor nos olhos e a incerteza intensificada nos passos fora a pergunta de um e a resposta de outro.

O primeiro estava ali sentado há duas horas, mas lá fazia parte do ambiente. Um pouco porque seu emo era de cor igual às paredes do fundo, mas principalmente porque ele era todo bar. Na forma, no conteúdo. Mais exatamente, aquele bar em especial, que tinha uma coruja no nome e nos desenhos da parede. Ave que ele imitava involuntário, nos ombros contraídos, no olhar verrumante. Olhar que lançou sobre o outro no momento da entrada. Este vinha ainda incerto, como se buscasse. E sua imprecisão atingiu o paroxismo quando no choque de olhares.Vacilou sobre as pernas, a roupa parecendo mais amarrotada, subitamente um braço se descontrolou atingindo a mesa mais próxima, varrendo-a quase com doçura. A doçura dos que de repente encontraram sem estar de sobreaviso. A loura oxigenada deu um grito e o homem que a acompanhava aprumou-se em ofensa, pronto a atacar, macho pré-histórico protegendo a fêmea em perigo. Ainda perdido no espanto, o segundo bêbado não reagiu. Suas mãos estavam cheias apenas de perplexidade, não de ódio. Nesse momento, o primeiro bêbado enristou seu metro e noventa de altura, até então diluído no encolhimento de coruja em que se mantinha. Sem dizer palavra encaminhou-se para o amigo -pois que seus olhares haviam sido tão fundos que dispensavam ritos preparatórios antes de empregar o substantivo e tomando-o pelo braço, levou para a mesa. O acompanhante da loura acalmou-se de imediato, enquanto esta ficava ainda mais oxigenada no despeito.

E os dois, satisfeitos com a inesperada oportunidade para a comunicação, foram objetivos ao assunto. Estavam sós. A mulher de um estava viajando; o outro não tinha mulher. Mas tinha noiva, e desconfiava que ela o andava traindo. O outro maravilhou-se com a coincidência, pois tinha quase certeza ser a viagem da mulher apenas um pretexto para encontrar com o amante. Unidos na mesma dor-de-cotovelo, sua amizade esquentou a razão de cem graus pó segundo. Ambos estavam insatisfeitos nos respectivos empregos. Operários, planejaram greves, piquetes, sindicatos, falaram mal do governo. Um deles, que tinha lido uma frase de Marx num almanaque, citou-a com sucesso. E o engajamento era outro elo a reforçar a corrente já sólida que os unia. De elo em elo, ligavam-se cada vez mais. A tal ponto que simplesmente não cabiam mais em si mesmo. Os copos colocavam-se em pé, oscilantes como se estivessem em banho-maria, os cabelos despenteados, rostos vermelhos, olhos chispantes -furiosos e agressivos no diálogo. Nas outras mesas, seres provavelmente frustrados no desencontro farejaram briga e ergueram as cabeças, espreitando. Não sabiam que, por deficiência de vocabulário, a amizade não raro se descontrola e pode levar ao crime. Apenas os dois pressentiram isso, tão sensíveis haviam-se tornado no investigar sem palavras do terreno que ora pisavam. Tudo neles era recíproco -e o medo de se ferirem cresceu junto para explodir num silêncio súbito. Então e encararam, mais desgrenhados do que nunca, e com tapinhas nas costas voltaram à delicadeza dos primeiros momentos.

Mas os frustrados que enchiam o bar estavam achando aquilo um grande desaforo. Não era permitido a duas pessoas se encontrarem num sábado à noite e, ostensivas, humilharem a todos com sua infelicidade dividida. O desespero não repartido dos outros era uma raiva grande, expressa nos gestos de quem não suporta mais. Com a sutileza dos donos de bar, o dono deste sentiu a hostilidade crescente. E medroso de que o choque resultasse em prejuízos para si, colocou-se sem hesitação ao lado da maioria.Dirigiu-se aos dois operários e pediu-lhes que se retirassem. Apoiado em seu metro e noventa, um deles quis reagir. Mas o outro mais fraco e, portanto menos heróico e mais realista, advertiu-o da inconveniência da reação. E olharam ambos os outros desencontrados pelas mesas -subitamente encontrados no mesmo ódio -formando uma muralha indignada. O mais alto, menos por situação financeira do que por força, caindo em si fez questão absoluta de pagar todos os gastos. De braço dado, saíram para a ma drogada.

Fora depararam com o frio e o brilho desmaiado das luzes de mercúrio. Encolheram-se devagar, as desgraças mútuas morrendo em calafrios. O domingo vinha vindo. Eles não sabiam o que fazer das mãos cheias de amizade e lembranças das mulheres ausentes. Bêbados como estavam, a única solução seria abraçarem-se e cantarem. Foi o que fizeram. Não satisfeitos com o gesto e as palavras, desabotoaram as braguilhas e mijaram em comum numa festa de espuma. Como no poema de Vinícius que não tinham lido nem teriam jamais. Depois calaram e olharam para longe, para além dos sexos nas mãos. Nas bandas do rio, amanhecia

segunda-feira, 27 de junho de 2011


"Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima. Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar"
                
                                   (Martha Medeiros)

quinta-feira, 23 de junho de 2011



-Só sei que nós nos amamos muito…
-Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
-Não, eu falei no passado!
-Curioso né? É a mesma conjugação.
-Que língua doida! Quer dizer que nós estamos condenados a amar para sempre?-E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações…
-Pensar assim me assusta.
-Por que? Você acha isso ruim?
-É que nessas coisas de amor eu sempre dôo demais…
-Você usou o verbo ‘doer’ ou ‘doar’?
-[Pausa] Pois é, também dá no mesmo...

domingo, 19 de junho de 2011


Perco-me...
Afinal, ainda é cedo e temos tempo
para cometer todos os erros,
para sofrer todos os arrependimentos,
pra desvendar todos os mistérios

Entre as verdades equivocadas
entre as sinceras mentiras.
Sim, ainda somos inocentes.

É preciso distrair...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

SOBRE O AMOR, ROSAS E ESPINHOS...


O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.
O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."
O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar.
O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"
Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira. Eu possuia e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.
Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.
Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.
Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios. Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...
Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo.
Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras...
Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.
A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas... Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.
Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... OU NÃO.

quinta-feira, 26 de maio de 2011


"Você vê? As pedras parecem luas também. Ou estrelas, ele diz. Chão de
estrelas.Vamos pisar nos astros distraídos?Ele ri.Nesse segundo cheio de
riso alguma coisa se adensa. Nossos pés pisam em pedras. Mas por cima dos
sapatos, sinto que são frias e duras, e sei que seu significado está em nós, não nelas. Uma vontade que amanhã não venha nunca."

sábado, 21 de maio de 2011



" Com a lucidez dos embriagados, haviam-se reconhecido desde o primeiro momento. Ou talvez estivem realmente destinados um ao outro, e mesmo sem o alcoól, numa rua repleta saberiam encontrar-se. O fulgor nos olhos e a incerteza intensificada nos passos fora a pergunta de um e a resposta de outro." 


Por mais elegante, chique e bem comportada, que uma mulher seja, ela vai se descabelar toda por causa de um vagabundo. É, ela vai descer do salto quando tiver ciúmes, vai chorar litros de lágrimas quando brigar com ele, vai dizer palavrões, coisas bizarras, mandá-lo para onde o sol não bate. É assim mesmo. Sempre irá haver uma sofisticada dama que morrerá de amores por um belo vagabundo...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

''Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo. " 

(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 3 de maio de 2011

''Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe.Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.” 

sexta-feira, 29 de abril de 2011




Garotos pensam que para conquistar uma “garota” é preciso ser fodão, musculoso e bonitão. Não, para conquistar uma garota, o segredo é ser discreto, humilde e principalmente cavalheiro, seja misterioso, elas gostam de explorar, descobrir… Não trate ela como segunda ou terceira opção, não fale que ela é feia, chata ou desinteressante, eu sei bem que quem desfaz quer muito comprar. Garota precisa de atenção, carinho, compreensão, seja ela delicada, agressiva ou desapegada, toda garota é garota o bastante para precisar de proteção, digo mais uma vez, não se conquista “verdadeiramente” o coração de uma jóia dessas, com mentiras, se for para mentir, esqueça-a, você nunca irá merecer o carinho e amor dela, ela é digna de um verdadeiro “homem”, pois quem brinca com o coração de quem se é frágil, não merece ser amado. Garota, tu és tudo, valorize-se.

domingo, 17 de abril de 2011

Quem sabe foi assim durante algumas semanas depois do trabalho?

Segunda-feira, 08h21.
Você está atrasada para o trabalho, pra variar. Por que você não levantou na hora que o despertador tocou? Por que foi apertar a função “soneca”? Ao invés de 10 minutos a mais, você está 21 minutos atrasada e o trânsito está pouco se lixando para isso.
Que maravilha! O sinal fechou.
Em meios os carros e motos, ao calor dos infernos (porque seu carro não tem ar condicionado nem direção hidráulica), você aguarda pacientemente o sinal abrir. Vez por outra profere alguns palavrões, afinal, ninguém é de ferro.
Eis que você olha para o lado, assim como quem admira uma paisagem, e vê ELE. A criatura perfeita! Do jeito que o pai dos seus filhos seria, se você os tivesse.
Blusa branca, nem justa, nem larga, na medida certa. Tatuagem no braço esquerdo, que você só consegue ver um pedaço por causa da manga da blusa branca. Costeletas que você jura que não ficaria bem em nenhum outro cara a não ser nele. Óculos escuros, para dar um ar de mistério, e cabelos cacheados meio desarrumados, meio que feitos para te conquistar. Os dedos batucando no volante do carro.
E ai você escuta o som que vem de dentro do Gol preto.
“Hey! Been trying to meet you…”
Meu deus, ele também curte Pixies!
Aposto que deve se chamar Bernardo. Ou Rafael. Ou qualquer nome que fique entre o comum e o incomum. Por que está entre o comum e o incomum.
Aí você começa a pensar no que fariam nas tardes de domingo, nos almoços em família, nas viagens que fariam nos feriados, e até como será a casa dele, aliás, será que ele mora sozinho? Ei, estou tentando te conhecer!
Então ele vira o rosto e seus olhares se cruzam. O seu, completamente embasbacado pela imagem do seu lado, e o dele, com certa curiosidade. Ele esboça um leve sorriso. Você, desajeitada do jeito que é, tenta retribuir, mas esqueceu como se faz. O máximo que consegue fazer é levantar a sobrancelha e tem certeza que isto pareceu arrogante para ele. Ele acena com a cabeça e ri. Agora você lembrou como é que se faz.
Qual o próximo passo? Elogio a música? Elogio a tatuagem? Pergunto o nome? Passo meu telefone? Anoto a placa? E agora? E agora?
O sinal abriu.
Vocês arrancam o carro.
Você vira à direita.
Ele segue reto.
E você tem certeza que nunca voltará a vê-lo, mas por via das dúvidas, amanhã você sairá atrasada novamente, só para ver se o destino ajuda para que você possa encontrar com ele novamente.