sexta-feira, 29 de abril de 2011




Garotos pensam que para conquistar uma “garota” é preciso ser fodão, musculoso e bonitão. Não, para conquistar uma garota, o segredo é ser discreto, humilde e principalmente cavalheiro, seja misterioso, elas gostam de explorar, descobrir… Não trate ela como segunda ou terceira opção, não fale que ela é feia, chata ou desinteressante, eu sei bem que quem desfaz quer muito comprar. Garota precisa de atenção, carinho, compreensão, seja ela delicada, agressiva ou desapegada, toda garota é garota o bastante para precisar de proteção, digo mais uma vez, não se conquista “verdadeiramente” o coração de uma jóia dessas, com mentiras, se for para mentir, esqueça-a, você nunca irá merecer o carinho e amor dela, ela é digna de um verdadeiro “homem”, pois quem brinca com o coração de quem se é frágil, não merece ser amado. Garota, tu és tudo, valorize-se.

domingo, 17 de abril de 2011

Quem sabe foi assim durante algumas semanas depois do trabalho?

Segunda-feira, 08h21.
Você está atrasada para o trabalho, pra variar. Por que você não levantou na hora que o despertador tocou? Por que foi apertar a função “soneca”? Ao invés de 10 minutos a mais, você está 21 minutos atrasada e o trânsito está pouco se lixando para isso.
Que maravilha! O sinal fechou.
Em meios os carros e motos, ao calor dos infernos (porque seu carro não tem ar condicionado nem direção hidráulica), você aguarda pacientemente o sinal abrir. Vez por outra profere alguns palavrões, afinal, ninguém é de ferro.
Eis que você olha para o lado, assim como quem admira uma paisagem, e vê ELE. A criatura perfeita! Do jeito que o pai dos seus filhos seria, se você os tivesse.
Blusa branca, nem justa, nem larga, na medida certa. Tatuagem no braço esquerdo, que você só consegue ver um pedaço por causa da manga da blusa branca. Costeletas que você jura que não ficaria bem em nenhum outro cara a não ser nele. Óculos escuros, para dar um ar de mistério, e cabelos cacheados meio desarrumados, meio que feitos para te conquistar. Os dedos batucando no volante do carro.
E ai você escuta o som que vem de dentro do Gol preto.
“Hey! Been trying to meet you…”
Meu deus, ele também curte Pixies!
Aposto que deve se chamar Bernardo. Ou Rafael. Ou qualquer nome que fique entre o comum e o incomum. Por que está entre o comum e o incomum.
Aí você começa a pensar no que fariam nas tardes de domingo, nos almoços em família, nas viagens que fariam nos feriados, e até como será a casa dele, aliás, será que ele mora sozinho? Ei, estou tentando te conhecer!
Então ele vira o rosto e seus olhares se cruzam. O seu, completamente embasbacado pela imagem do seu lado, e o dele, com certa curiosidade. Ele esboça um leve sorriso. Você, desajeitada do jeito que é, tenta retribuir, mas esqueceu como se faz. O máximo que consegue fazer é levantar a sobrancelha e tem certeza que isto pareceu arrogante para ele. Ele acena com a cabeça e ri. Agora você lembrou como é que se faz.
Qual o próximo passo? Elogio a música? Elogio a tatuagem? Pergunto o nome? Passo meu telefone? Anoto a placa? E agora? E agora?
O sinal abriu.
Vocês arrancam o carro.
Você vira à direita.
Ele segue reto.
E você tem certeza que nunca voltará a vê-lo, mas por via das dúvidas, amanhã você sairá atrasada novamente, só para ver se o destino ajuda para que você possa encontrar com ele novamente.

sábado, 9 de abril de 2011


Quando Fevereiro chega, o que não falta é namorado e namorada pedindo pra dar um tempo no relacionamento, dizendo que precisa passar uns dias com uma vó doente que mora em Olinda, numa casa que fica logo ali pertinho do Alto da Sé.
Afinal, é Carnaval e todo mundo quer greia mesmo, e tentar se dar bem.
Muitos amores acabam perto das folias de Momo, fazendo com que um exército de moçoilas recém-solteiras e um batalhão de meninos desocupados resolvam invadir ladeiras de Olinda e outros picos agitadinhos ao primeiro som das trombetas de Capiba, atrás de fortes emoções.
Mas o contrário também acaba sendo verdade.

E cerveja vai, cerveja vem, chega uma hora que realmente a pegação rola solta e irrestrita, é mão pra cá, mão pra lá, e qualquer quarto ou cozinha com pouca gente dentro a meia luz num casarão daqueles dá pra resolver o assunto, fechar a conta e seguir em frente – se você pode me entender.
Tudo deveria ser apenas pela diversão, sem nomes e sobrenomes, e se bobear nem troca de telefones nem adds no Orkut e Facebook.

Mas aí, lá naquele povaréu, lá perdido na multidão, de repente surge um cupido mal-intencionado e dispara uma flecha certeira em dois desavisados que resolvem continuar por mais algum tempo circulando por ali juntinhos – e na bebedeira rola até um agendamento de casamento, ou umazinha sem camisinha, e pronto.
 Um olha pro outro e fica se perguntando se isso pode vingar ou não, se a outra pessoa merece confiança, se o padre vai mesmo botar esse casório pra frente.

- Por quePuxa… Uma pessoa que tá nessa pegação de Carnaval não merece nem ser levado em consideração para algo mais sério, merece? Vai ser gaia até dizer tá bom… E afinal, eu tô na greia mas é diferente… Hmmm”
Existem três coisas que fazemos sozinhos. Nascemos, morremos, e se estivermos no ultimo ano de colégio fazemos vestibular. E enquanto que o teste mede os nossos atributos, se preparar para ele, inevitavelmente traz à tona o pior. Humildade se torna insegurança; esforço se torna obsessão. Alguns optam por se automedicar.Enquanto outros se agarram à segurança, de fazer parte de um grupo. E quem normalmente se submete às regras, irá quebrá-las.

sábado, 2 de abril de 2011


Festas têm apenas um significado: dança do acasalamento. A unica diferença é que há um contexto, nos impedindo de deixar isso bem claro. Quando na realidade todos estão lá reunidos por apenas um objetivo: Fornicar. Podem me chamar de louco, ou de outras coisas  quaisquer, porém, analisando de forma fria e bruta, todos sabem dessa verdade. O relógio caro, a camisa, o sapato, celular. tudo é comprado por duas coisas, satisfação e procura de sexo, molhar o biscoito, afogar o ganso. Homens começam a beber pra poder dar aquela boa desculpa se algo acontece de errado na noite anterior, enquanto mulheres apenas por pensar em bebida já se consideram trêbadas começam a série de torcer o tornozelo, tirar o sapato reclamando de dor nos pés, mostrar a calcinha nude, borrar a maquiagem chorando pelo ex que elas perderam por própria culpa.
Festa é, antes de mais nada, competição. A luta pela fêmea mais bela e fértil, e a batalha pelo macho mais forte e rico. Elas com as pernas a mostra, eles com os carros. Assim as coisas funcionam, pelo que dizem, de boa forma. A dança é o momento de fingir ser alguém legal, para os homens a oportunidade de tocar, e para elas de evitá-los. Pois mais prazeroso que o próprio sexo para uma mulher, é a satisfação de evitar um homem, fazendo do pobre coitado o que elas querem. Mulheres, no geral, não prestam. Generalizando de forma objetiva, diria que mulheres são machistas até o ponto que as favorece, e feministas ao extremo para com seus próprios objetivos. Resumindo, direitos iguais, deveres “Ah, isso é coisa pra homem”.
Pra finalizar, ouso dizer que uma relação monogâmica, totalmente fiel, com poucos problemas é simplesmente impossível de existir. Homens traem, mulheres também. A explicação masculina é fácil, basta a mulher ser gostosa, ou simplesmente se lançar nua em sua frente, pronto! A traição ocorreu. Já as mulheres, são um pouco diferentes nesse quesito. Quando nós as traimos, a culpa logicamente é nossa, e quando elas cometem, a culpa é de quem? Nossa, óbvio. Amigo, lá vai um conselho, não espere coerência de seres tão irracionais. Somos culpados por nossas atitudes, e pelas delas. Em meio a tanta confusão de objetividade masculina, e ausência de lógica feminina, vou fazer uma visita à minha melhor amiga, que me espera gelada no frigobar, enquanto relaxo meus pensamentos conversando comigo mesmo.

"Porque tenho medo de tocar naquilo de que gosto? Tudo aquilo de que gosto desaparece de repente.(...)"

(Maria João Lopo de Carvalho, in Adopta-me)