sábado, 9 de abril de 2011


Quando Fevereiro chega, o que não falta é namorado e namorada pedindo pra dar um tempo no relacionamento, dizendo que precisa passar uns dias com uma vó doente que mora em Olinda, numa casa que fica logo ali pertinho do Alto da Sé.
Afinal, é Carnaval e todo mundo quer greia mesmo, e tentar se dar bem.
Muitos amores acabam perto das folias de Momo, fazendo com que um exército de moçoilas recém-solteiras e um batalhão de meninos desocupados resolvam invadir ladeiras de Olinda e outros picos agitadinhos ao primeiro som das trombetas de Capiba, atrás de fortes emoções.
Mas o contrário também acaba sendo verdade.

E cerveja vai, cerveja vem, chega uma hora que realmente a pegação rola solta e irrestrita, é mão pra cá, mão pra lá, e qualquer quarto ou cozinha com pouca gente dentro a meia luz num casarão daqueles dá pra resolver o assunto, fechar a conta e seguir em frente – se você pode me entender.
Tudo deveria ser apenas pela diversão, sem nomes e sobrenomes, e se bobear nem troca de telefones nem adds no Orkut e Facebook.

Mas aí, lá naquele povaréu, lá perdido na multidão, de repente surge um cupido mal-intencionado e dispara uma flecha certeira em dois desavisados que resolvem continuar por mais algum tempo circulando por ali juntinhos – e na bebedeira rola até um agendamento de casamento, ou umazinha sem camisinha, e pronto.
 Um olha pro outro e fica se perguntando se isso pode vingar ou não, se a outra pessoa merece confiança, se o padre vai mesmo botar esse casório pra frente.

- Por quePuxa… Uma pessoa que tá nessa pegação de Carnaval não merece nem ser levado em consideração para algo mais sério, merece? Vai ser gaia até dizer tá bom… E afinal, eu tô na greia mas é diferente… Hmmm”

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